Andrew Jerome Wurst

Em 24 de Abril de 1998, em Edinboro, na Pensilvânia, Andrew Wurst, de catorze anos, um belo dia prometeu tornar “memorável” o seu baile de formatura da oitava série, e foi o que fez no dia seguinte. No pátio Nick’s Place, ás dez horas da noite, quando 240 formandos dançavam ao som de “My Heart Will Go On”, do filme Titanic, Wurst baleou fatalmente na cabeça um professor de quarenta e oito anos com a pistola calibre 25 do pai. Do lado de dentro, disparou vários outros tiros, ferindo dois meninos (no abdômen e no pé) e atingindo de raspão uma professora. Ao fugir pelos fundos, foi detido pelo dono do Nick’s Place, que segurava uma espingarda e convenceu o fugitivo a recuar diante de um poder de fogo superior. Como os jornalistas se apressaram a observar, para acrescentar um toque bem-vindo de bom humor, a canção-tema do baile era “I’ve Had the Time of My Life”.

Cada um desses incidentes foi destacado pela triste lição que se conseguiu espremer deles. O apelido de Wurst era “Satanás”, o que fez eco com a comoção causada pelo fato de que Luke Woodham, da escola de Pearl, estava envolvido em um culto satânico. Wurst era fã de um vocalista andrógino de heavy-metal chamado Marilyn Manson, um homem que dava pulos no palco usando um delineador mal aplicado, de modo que esse cantor, que só estava tentando ganhar uma grana honesta com o mau gosto adolescente, passou um tempo sendo deplorado nos meios de comunicação. Quanto a motivação do atirador, ele soou amorfa. “Ele detestava sua vida”, disse um amigo. “Detestava o mundo. Detestava a escola. A única coisa que o deixava contente era quando uma garota que lhe agradasse conversava com ele” – conversas que somos forçados a concluir que eram muito pouco freqüentes.

Ele foi acusado com pena adulta de homicídio.
O adolescente foi capturado em uma área trás da sala logo após um tiro dados pelo proprietário. A Polícia disse que o menino também estava com uma pequena quantidade de maconha em sua posse.

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